Uma artista de naturalidade chinesa, chegou a Paris quando tinha 15 anos, ainda ignorante sobre o país e tornou-se posteriormente uma escritora dinâmica e assinalada do sector literário da França. Ela declarou que embora influenciada profundamente pelo impressionismo e romantismo da França, tem sangue chinês, pelo que insiste utilizar a tinta chinesa nas suas criações artísticas. Ela escreve romances e poesias, e pinta, objectivando capturar a beleza. “É como esculpir a vida, um diamante gigante e desenrolar a beleza de ângulos diferentes.”
A artista chama-se Shan Sa, que tem jeito em exprimir literária e artisticamente, sem ser limitada pelas formas. Ela sabe sempre escolher uma forma correcta de expressão. Foi influenciada pela cultura chinesa quando era pequenina, Shan Sa domina bem as quatro técnicas da cultura chinesa, nomeadamente, a música, o xadrez, a caligrafia e a pintura, pelo que tem liberdade em exprimir ela própria quer com caneta, quer com pincel ou Pipa. Nasceu na época de Revolução Cultural e continuou os estudos na França, o país europeu mais romântico, pelo que afirmou que o objectivo da sua vida é perseguir a beleza. Shan Sa deseja capturar as formas diferentes da beleza em países diferentes, tempos diferentes e comunidades diferentes.
Sem dúvida que o título de “Tempo do Oeste, Luz do Este” é uma descrição sintética da artista chinesa que passou uma dezena de anos na França. Ela disse, a cultura ocidental é nutritiva para a sua criação literária e artística, mas seja onde for, ela gosta de exprimir a cultura chinesa porque está cultivada no seu coração. “A cultura tradicional chinesa divulga de lugar para lugar e continua de geração para geração, não é por acaso mas é com certeza. Nas minhas criações, lê-se o sentimento de orgulho muito expressamente.” Assim, vimos as obra com efeitos mágicos de encontro oriental e ocidental, de tinta chinesa, mas com características impressionista e romântica.
Shan Sa disse que adora Macau imensamente como a cidade é igualmente um encontro de culturas ocidental e oriental. Ela tem estudado Le Grand RICCI do Padre Matteo Ricci, versão publicada pela França e admira muito esse primeiro missionário ocidental em Macau que desempenhou um papel assinalável nos intercâmbios culturais, sem pensando nas dificuldades de distância geográfica e de comunicação. A tolerância e a abertura de Macau para com culturas diferentes fizeram-lhe sentir muito agradável e expressiva para apresentar as suas obras à Ásia, pelo que escolheu a cidade como a primeira paragem da sua exposição itinerante asiática.
Fonte: Diário de Macau, 4 de Junho de 2011, Sábado, Página B03: Notícias Locais