Date:10/03/2013
A cerimónia de abertura da segunda edição da Rota das Letras – Festival Literário de Macau, co-organizada pelo jornal Ponto Final, Instituto Cultural e Fundação Macau, decorreu no passado dia 10 de Março de 2013, às 15H00, no Centro de Convenções do Centro de Ciência de Macau. Com a segunda edição do Festival Literário de Macau, as entidades organizadoras pretendem criar mais oportunidades aos amantes da literatura e aos jovens estudantes de Macau para que façam intercâmbios com os grandes escritores literários oriundos de diferentes países, de modo a aprofundar os seus conhecimentos sobre os pontos mais essenciais das diversas culturas, promovendo assim o desenvolvimento da literatura de Macau.
Foram convidados para presidir à cerimónia de abertura do Evento, o Cônsul-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Manuel Maria Cansado Carvalho, a Chefe do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, substituta, Maria Leong Madalena, o membro do Conselho de Administração da Fundação Macau, Zhong Yi Seabra de Mascarenhas, o Vice-Presidente do Instituto Cultural, Yao Jing Ming, a administradora do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Isabel Celeste Jorge, a Chefe do Gabinete do Reitor da Universidade de Macau, Sylvia Ieong Sao Leng, o Director do Festival Literário de Macau, Ricardo Pinto e o membro da direcção da Associação dos Escritores de Macau, Joe Tang.
O Dr. Ricardo Pinto disse que este Evento traz a Macau mais de 30 escritores, editores, tradutores, jornalistas, músicos, cineastas e artistas plásticos de renome de diferentes países como a França, Portugal, Brasil, Moçambique, China e Taiwan, entre outros países e regiões. Através da realização de várias sessões literárias, exposições de arte, feira de livro e concertos, pretende-se criar mais oportunidades de intercâmbio, não só para os jovens estudantes locais como também para os amantes da literatura de diferentes países e regiões, de modo a promover a criação literária de Macau.
O Dr. Yao Jing Ming disse no seu discurso que Macau é parecido com uma árvore, com a sua raiz fixada na cultura chinesa e os respectivos troncos e folhas a apanharem o vento que vem de todo o lado, pois Macau é uma cidade onde co-existem várias culturas. É mesmo porque a cultura de Macau se reveste de características diversificadas que os escritores de Macau vêem diversas culturas o que torna difícil definir a “literatura de Macau”, pelo que disse, ainda, esperar que os especialistas participantes no Festival Literário deste ano possam procurar uma definição clara para a “literatura de Macau”.
A Dra. Zhong Yi Seabra de Mascarenha disse no seu discurso que na sequência da transformação social e económica de Macau nos últimos anos, as ligações entre Macau e o exterior tornam-se cada vez mais estreitas e de nível mais elevado e os residentes de Macau podem ganhar com as experiências diversificadas visíveis em muitos aspectos da vida cultural e artística de outras cidades e de outros países. Estas mudanças enriquecem a literatura de Macau, atraindo cada vez mais amantes da literatura a dedicar-se ao mundo da escrita criativa, e não só, criando assim equipas cada vez maiores, de artistas e escritores de Macau. Salientou que o Festival Literário de Macau não apenas criou, em tempo útil, um espaço de intercâmbio entre as diferentes culturas, como também criou novas oportunidades para poder mostrar ao exterior o que hoje se faz em Macau nomeadamente, no mundo da literatura. Na semana a seguir, 30 escritores e artistas convidados vão estar com os amantes da literatura e jovens estudantes, em várias sessões literárias, exposições de arte e concertos, para estabelecerem contacto, melhor se conhecerem, para poderem apreciar a troca de ideias e fazerem uma comparação entre os sistemas literários das línguas chinesa, portuguesa, francesa e inglesa, sistemas bem diferentes mas interligados, de modo a que possam reforçar os seus conhecimentos sobre as matérias essenciais das diversas culturas.
Na cerimónia de abertura, os convidados aproveitaram a ocasião para distribuir as lembranças aos vencedores do Concurso “Contos da Rota das Letras”. Logo a seguir à cerimónia decorreu o primeiro painel do Festival Literário deste ano, subordinado ao tema “Influências e perspectivas dos escritores num mundo globalizado”, no qual vários escritores dos diversos países e regiões falaram da respectiva reflexão sobre globalização e das influências e significado desta na criação literária.
A segunda edição da Rota das Letras – Festival Literário de Macau decorre até ao próximo dia 16 de Março e inclui conferências e debates, uma feira do livro, exposições de artes plásticas, concertos e projecção de filmes a realizar em diversos sítios de Macau. Conta com a participação de mais de 30 escritores bem conhecidos, nomeadamente, Bi Feiyu, Han Shaogong, Hong Ying, Wang Gang e Si Murong e vários escritores portugueses.

